Quem foi São João Batista, nosso padroeiro, homenageado em junho

Primeiro mártir da Igreja e o último dos profetas, São João Batista tem sua festa celebrada no dia 24 de junho – solenidade da natividade do santo, que pregou a conversão e o arrependimento dos pecados por meio do batismo.

Padroeiro de Foz do Iguaçu, ele dá o nome à matriz da cidade, a igreja mais antiga do município que, em 2023, completa 99 anos com contagem regressiva para o centenário, em 2024.

São João Batista é um dos santos mais populares em todo o mundo cristão. A sua festa é muito alegre e até folclórica. Temática, sua programação reúne música, danças de quadrilhas, comidas típicas e tem como ponto central em muitos lugares a fogueira, o que remete à primeira feita por seus pais para comunicar o seu nascimento: anel de ligação entre a antiga e a nova aliança.

Parentes

A mãe de Jesus, Maria, e Isabel, sua prima, que estava grávida de João, tinham o costume de se visitarem. Numa dessas ocasiões, ao ouvir a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre e Isabel ficou repleta do Espírito Santo (Lc 1,41). Na despedida, as primas combinaram que o nascimento de João seria sinalizado com uma fogueira, para que Maria pudesse ir ajudar a prima depois do parto.

Assim, os evangelistas apresentam com todo rigor a figura de João como precursor do Messias, cujo dia do nascimento é também chamado de “Aurora da Salvação”. Ele é único santo, além de Nossa Senhora, em que se festeja o nascimento, porque a Igreja vê nele a preanunciação do Natal de Cristo.

Discípulo amado, amigo íntimo e pessoal de Jesus Cristo, João pregou os princípios básicos do evangelho de Nosso Senhor. Ele ensinou as pessoas a respeito de justiça, misericórdia, honestidade, moralidade, jejum, oração, arrependimento e confissão dos pecados, batismo por imersão, ressurreição e o Juízo Final (ver Mateus 3; Lucas 3).

Precursor

Com palavras firmes, pregava a conversão e a necessidade do batismo de penitência. Anunciava a vinda do messias prometido e esperado, enquanto de si mesmo deu este testemunho: “Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitarei o caminho do Senhor…” Aos que o confundiam com Jesus, afirmava com humildade: “Eu não sou o Cristo e não sou digno de desatar a correia de sua sandália”. Sua originalidade era o convite a receber a ablução com água no rio Jordão, prática chamada batismo. Por isso, o seu apelido de Batista.

Batismo

João Batista teve a grande missão de batizar o próprio Cristo. Ele apresentou oficialmente Cristo ao povo como Messias com estas palavras: “Eis o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo… Ele vos batizará com o Espírito Santo e com o fogo”.

Jesus, falando de João Batista, tece-lhe o maior elogio registrado na Bíblia: “Jamais surgiu entre os nascidos de mulher alguém maior do que João Batista. Contudo, o menor no Reino de Deus é maior do que ele”.

Ele morreu degolado no governo do rei Herodes Antipas, por defender a moralidade e os bons costumes. O seu martírio é celebrado em 29 de agosto, com outra veneração litúrgica.

Oração a São João Batista

São João Batista, voz que clama no deserto: “Endireitai os caminhos do Senhor. Fazei penitência, porque no meio de vós está quem vós não conheceis e do qual eu não sou digno de desatar os cordões das sandálias, ajudai-me a fazer penitência das minhas faltas para que eu me torne digno do perdão daquele que vós anunciastes com estas palavras: ‘Eis o Cordeiro de Deus, eis aquele que tira o pecado do mundo’”.

São João, pregador da penitência, rogai por nós.
São João, precursor do Messias, rogai por nós.
São João, alegria do povo, rogai por nós. Amém.

Com www.paulinas.org.br