O “sim” para Jesus Cristo na idade adulta

Alguns são ex-evangélicos, outros não tinham nenhuma religião, mas já adultos receberam um chamado de Deus. Eles abraçaram a fé e buscaram na idade adulta o sacramento do batismo ou sua confirmação pela Igreja Católica.

Hoje, nós vamos conhecer um pouquinho da história de nove dos onze adultos que receberam o sacramento na sexta-feira, 12 de abril, e estão se preparando para a primeira comunhão. A celebração foi feita pelo pároco Willian Alves, na presença de familiares e fiéis.

Milena Castagne Henrique

Com o incentivo do marido Fabrício, católico, Milena Castagne Henrique, que sempre questionou a religiosidade, acabou se rendendo à paixão por Jesus Cristo e virou uma seguidora de seus passos. Batizada, agora, ela se prepara para a primeira comunhão. Durante a celebração do batismo -“um momento único em minha vida -”, ela se emocionou muito.
O processo de conversão começou com uma sementinha plantada pelo marido e Milena procurou estudar sobre a religião. O marido tem todos os sacramentos e queria que a esposa fizesse o mesmo caminho.
“Eu e ele fomos num retiro de jovens. Eu fui mais para conhecer, porque eu estava querendo entender e conhecer, porque eu não conheço nada do lado espiritual da igreja. Tenho algumas noções, mas não conheço bem, então fui por curiosidade. E nisso foi fortalecendo a minha vontade de conhecer cada vez mais. Aí a minha chefe, que também é católica, comentou sobre a catequese de adultos aqui da igreja. Foi mais um passo. Aí comecei a fazer, fui lendo, pesquisando, entendendo como é e tendo mais curiosidade e paixão por entender”, relata
E prossegue: “Comecei a fazer a quaresma agora da Páscoa e foi uma virada de chave que eu tive e daí foi quando eu falei pro meu marido, ‘a gente vai casar-se na igreja’. Marcamos a data na igreja, não sei como vai ser, mas a gente vai, porque a gente precisa, já estou fazendo os sacramentos, então para a gente poder ter o ato de comungar, também”.
Criada sem religião, a família era totalmente contra as igrejas. “Não que eu não acreditasse em Deus, só que ao mesmo tempo eu não sabia como falar com Ele, não entendia quem realmente era Deus, Jesus. Eu tinha esse conflito dentro de mim. Mas eu acreditava em Deus, só que não confiava, digamos, na igreja. Eu também não acreditava em Nossa Senhora, mas nesse retiro que fiz tudo mudou. Quando pediram para tocar a imagem eu não queria, mas no final eu abracei e comecei a chorar, sabe. Eu realmente senti que eu tinha um colo de mãe.”
Nesse processo de conversão, eles também batizaram o filho.

Lino do Prado Júnior

Ele foi criado na igreja católica, mas, com o passar do tempo, a mãe se converteu em evangélica e Lino não frequentava a Casa do Pai. Há uns seis anos a mãe faleceu e Lino do Prado Júnior voltou a morar em Foz. Por incentivo da namorada, Carla Doria, e da família dela, muito católica, buscou a catequese para a primeira comunhão e marcar o casamento na igreja. No começo, ficou meio receoso, mas, com o passar do tempo, “fui vendo que, conforme eu ia frequentando a igreja, as coisas da minha vida começaram a se encaminhar de uma maneira mais serena, tranquila, mais do jeito que eu queria, parece. Então, eu vi que buscando Deus assim, dessa forma, as coisas tendem a se encaminhar para um caminho mais tranquilo, podemos dizer. Com fé em Deus, tudo vai melhorando em nossa vida.”

Andréia Nathalia Lopes Kowalski

Andréia Nathalia Lopes Kowalski sempre gostou de participar de celebração na igreja evangélica, mas, depois que ela se casou, o marido católico não queria acompanhá-la na outra religião. “Eu senti uma necessidade de buscar Deus, porque eu cresci nesse meio. Então eu falei para ele, olha, eu gosto muito da religião católica também, nunca tive privilégio de ir, mas, por você, eu vou junto”, disse ela na ocasião. Andréia acredita que a partir do momento em que você é um casal, precisa buscar Deus, juntos. “Comecei a participar das santas missas e gostei muito. Fui atrás da catequese e de dar todos os passos certinhos para futuramente nos casar na igreja. Depois da catequese, houve um grande momento de conversão na vida dela. “A gente se aproxima mais de Deus. Porque querendo ou não, eu estava afastada. Todo final de semana é sagrado, a gente vem na missa.”

Henrique Yamashita Dambrosio

Henrique Dambrosio recebeu um convite para ser padrinho do filho de um amigo dele, mas, como não tinha a primeira comunhão – ele não quis fazer catequese quando era menor -, decidiu agora fazer o sacramento e também para estar pronto para o casamento com sua namorada,  Geisiane. “Eu vim por esses dois motivos.” O amigo que o convidou para ser padrinho do filho cumpriu uma promessa que um havia feito para o outro no tempo da faculdade. Quem tivesse filho primeiro teria como padrinho o amigo,

Ele a namorada Geisiane estão fazendo juntos o curso. Quando Henrique iniciou a catequese, a namorada resolveu acompanhá-lo, já que não tinha a crisma, que é exigida para o casamento cristão.*. Antes da catequese, Henrique chegou a ter crises existenciais em relação à fé, mas cada vez mais está aberto a esse momento único nas nossas vidas, que é a verdadeira conversão.

Ramon Cassiano da Silva

A família de Ramon Cassiano Silva nunca foi de frequentar nenhuma igreja, mas, recentemente, a mãe dele começou a pedir para que ele a acompanhasse nas santas missas. “Eu comecei a pegar gosto e agora eu estou aqui.” Para ele, o batismo foi um momento único na vida. “Foi especial estar lá”. Ele conta que a relação dele com Deus hoje é maravilhosa. Ele reza na igreja, mas também bastante em casa, “antes de dormir, quando acordo ou durante as refeições”.

Kessia Santos da Silva

Kessia Santos da Silva era da Igreja Quadrangular do Brasil e o noivo católico. “Comecei a frequentar a igreja católica mais por causa dele. Daí, conforme fui me aproximando mais dele, fui me aproximando mais da fé, e ao ir à igreja, fui me aproximando mais de Deus, de quem eu estava afastada. Foi aí que decidi seguir a iIgreja Católica e confirmar o batismo. Uma das alegrias foi entender melhor o papel de Nossa Senhora Aparecida, como a mãe da igreja e de todos nós.”
Hoje, Quésia está em busca de fortalecer a fé.

Valdemar Bezerra da Silva Júnior

Por influência na namorada, Renata, e da mãe dela, dona Maria, Valdemar Bezerra da Silva Júnior sentou necessidade de conhecer e seguir Cristo. Antes da sua conversão, ele já havia passado pela experiência de frequentar a Congregação Crista do Brasil, mas, depois do namoro ,passou a ir à Igreja Católica. “Comecei a sentir também que era um momento de conhecer realmente a Deus, não só de frequentar a missa, mas me batizar e fazer os todos sacramentos.”
Para Valdemar, a conversão foi um processo natural. “Com certeza, é uma etapa muito importante você ter o conhecimento, receber esse conhecimento na Bíblia de Deus. É tudo muito transformador na nossa vida. O batismo foi a coisa mais importante que aconteceu na minha vida. Pra mim foi um momento extraordinário. Foi demais.”

Jonathan Dias Natalizio

Jonathan Dias Natalizio estava buscando uma fé há muito tempo. “Só que não tinha muita resposta, assim, ainda estava num momento de meio que confusão espiritual”. Jonathan havia sido criado numa família evangélica. Na adolescência, se distanciou um pouco de Deus, mas depois sentiu a necessidade de reaproximação. “Fui pesquisando cada vez mais e me aproximando da fé católica.”
O mais recém-convertido ao catolicismo nunca teve problemas em relação a imagens. “Para mim, você não está adorando a imagem, mas sim a Deus através daquela imagem.” A noiva Dhéris, que é católica, também foi uma grande incentivadora de Jonathan nesse processo. Para ela, a catequese foi um divisor de águas. “Foi muito importante porque muitas coisas que eu ainda não conhecia sobre a doutrina me foram passadas ali. Então, me ajudou muito, principalmente para ter uma vida de oração, que era algo que eu não tinha costume. Eu não tinha esse hábito de oração e, por meio da catequese, agora eu rezo sempre.”

Matheus Antônio Lobo

Foi pela vontade de Deus que Matheus Antônio Lobo procurou o batismo na idade adulta. Nesse processo de conversão, a vida de Matheus mudou muito. “Eu frequentava a igreja, mas nunca tinha tido a oportunidade de me batizar. Minha mãe sempre me incentivava, mas ela faleceu e não teve a oportunidade de presenciar esse momento tão lindo. Foi um momento muito forte, muito emocionante”, diz. “Depois da catequese, aprendi muita coisa e também estou seguindo agora os caminhos de Deus, perfeitamente. Antigamente, tinha dúvidas, ‘isso pode, isso não pode’, mas agora é o caminho certo mesmo. E aquela luz no fim do túnel deu agora no túnel todo”

IMAGEM DA CAPA: Lawrence OP (Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs)