Um ícone, um “santo” da nossa Matriz de São João Batista, o padre Germano Lauck estaria completando, neste dia 23 de março, 88 anos de idade.
Padre Germano foi um revolucionário da fé e de ações de movimentos sociais religiosos da nossa Igreja Católica. Evangelizou e ajudou muitas pessoas em situação vulnerável em Foz do Iguaçu e toda a região de fronteira.
Qualquer deferência para nosso finado padre é pouca, considerando o homem de tamanha alma gigante e nobreza de caráter. Há 13 anos ele nos deixou e seu túmulo pode ser visitado no pátio da matriz. Todo nosso carinho e respeito por esse homem iluminado. Um homem de Deus.
Fotos do acervo do projeto
LEGADO
Um dos legados de padre Germano foi a viabilização do Projeto social Esperança e Vida, no Jardim São Paulo. Foi exatamente por causa de uma enchente parecida com a que ocorreu hoje, mas que provocou dezenas de desabrigados, que o projeto surgiu e é tocado pela ministra Maira Kodama e voluntários.
Em 2006, ele recebeu o título de cidadão honorário da Câmara de Vereadores de Foz.
Em 2006, o Hospital Municipal de Foz do Iguaçu foi batizado com o nome de Padre Germano Lauck (HMPGL).
O VERDADEIRO NOME
Uma curiosidade: o nome real de padre Germano não era esse.
Quem achou estranho um alemão se chamar “Germano” foi o jornalista iguaçuense Jackson Lima. Depois de muita pesquisa, ele descobriu que padre Germano foi batizado como Hermann Josef Lauck, como publicou em seu blog no dia 8 de março de 2020.
Conforme a pesquisa de Jackson, padre Germano nasceu na cidade alemã de Hasborn-Dautweiler, onde é considerado um dos filhos ilustres.
Jackson encontrou um texto, em alemão, sobre “As personalidades da região de St Wendel”, que cita padre Germano como “pastor de uma comunidade metropolitana emergente”, Foz do Iguaçu, onde chegou em 1972.
Há até mesmo a informação de que, em 30 de junho de 1975, padre Germano sofreu um acidente, quando o carro derrapou em estradas molhadas pela chuva, e ele ficou paraplégico.
Na tradução feita por Jackson Lima do alemão, eis o que se conta sobre o que aconteceu depois disso.
Lauck voltou à Alemanha para tratamento adicional. Embora ele não pudesse ser curado, ele se sentia preparado para tocar a vida em cadeira de rodas.
Ele percebeu lentamente que poderia continuar vivendo e trabalhando em uma cadeira de rodas. Ele decidiu voltar para sua paróquia no Brasil. Sua comunidade o recebeu com grande alegria.
O povo de sua paróquia e o bispado de Foz do Iguaçu o valorizaram, ofereceram um novo lar e o acompanharam em todas as situações difíceis. Em particular, sua governanta Teresina, que permaneceu ao seu lado por mais de 32 anos – até sua morte. O seu bispo o fez vigário geral da Diocese. Lauck foi um pastor de muito sucesso para todos – tanto sãos como doentes. Com ele, as pessoas tinham a sensação: “Há alguém que nos entende porque ele próprio tem que carregar uma cruz pesada”.
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Blog de Foz