Por via aérea, o Brasil está distante mais de 15 mil quilômetros da Indonésia, onde nasceu e onde se formou sacerdote o nosso querido padre Bento, que neste domingo, dia 21, comemorou 13 anos de formação.
Poucas pessoas, aqui no Brasil, sabem que a Indonésia é o maior arquipélago do mundo, formado por 17.508 ilhas. É uma nação transcontinental, localizada entre dois continentes, Ásia e Oceania. Quarto país mais populoso do mundo, tem 280 milhões de habitantes.
Numa dessas 17.508 ilhas, a Ilha de Flores, em 12 de janeiro de 1982, nasceu Benediktus Jemiun. Aqui entre nós, ganhou o nome de padre Bento, uma tradução do seu primeiro nome de batismo.
A ligação de padre Bento com o Brasil teve início quando ainda era seminarista. Ele veio para São Paulo, onde ficou nos anos 2009 e 2010, para uma experiência pastoral intercultural.
De volta à Indonésia, concluiu os estudos de teologia até ser ordenado sacerdote, em 21 de setembro de 2012. Seis meses depois, em 13 de março de 2013, voltou ao Brasil. Desta vez, em Curitiba, como missionário do Verbo Divino.
Na capital paranaense, ficou mais ou menos três meses, quando aprendeu a língua portuguesa, antes de trabalhar em algumas paróquias do Mato Grosso do Sul (nas cidades de Dourados, Amambaí e Eldorado).
No retorno ao Paraná, atuou na paróquia Santa Terezinha, em Guarapuava, durante três anos. Desde 2019 até 2021, foi coordenador da animação vocacional da província SVD Brasil Sul.
No início de 2022, padre Bento foi nomeado vigário paroquial da Matriz de São João Batista, em Foz do Iguaçu, onde chegou no dia 12 de março de 2022, um sábado.
Recebido com carinho, padre Bento conquistou todos os paroquianos por sua simplicidade, zelo e amor pela Igreja.
Na comemoração dos 13 anos de sacerdócio, houve duas missas de ação de graças pelo seu dia. E, para a confraternização, os servidores do altar da matriz ofereceram um almoço, compartilhado em clima de festa e muita alegria.
Na missa das 10h, no domingo, padre Willian, nosso pároco, agradeceu o trabalho de evangelização do vigário.
Padre Bento, em sua homilia, destacou que ser padre é cuidar de um tesouro. Ele aproveitou a parábola do administrador infiel para fazer uma linda reflexão sobre seus 13 anos de sacerdócio:
“Neste domingo, a Palavra de Deus nos convida a rever nossas escolhas e prioridades. Quem ou o quê ocupa o centro do nosso coração? Deus, ou as coisas passageiras do mundo?
Jesus nos lembra: ‘Ninguém pode servir a dois senhores’. É nas pequenas atitudes do dia a dia — na honestidade, no cuidado com o próximo, na simplicidade — que mostramos a quem realmente servimos.
Tudo o que temos é dom de Deus: o tempo, os bens, a vida. Não devemos viver para acumular, mas para amar, servir e partilhar. Até mesmo o tempo é um bem precioso, que deve ser usado com sabedoria e generosidade.
Neste domingo, ainda em clima de gratidão pelos meus 13 anos de sacerdócio, recordo que ser padre é ser administrador dos tesouros de Deus — e esses tesouros são vocês, o povo santo, e a Palavra que salva.
Peço suas orações para que eu continue sendo fiel a esse chamado, e que juntos, possamos sempre escolher a Deus — nas pequenas e grandes decisões da vida. Amém.”
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