Mês do dízimo é marcado por programação especial

Novembro é o mês do dízimo na Diocese de Foz do Iguaçu. Para marcar a data, várias ações foram preparadas para o mês, entre elas quatro vídeos com mensagem especial do bispo Dom Sergio sobre a importância de ser dizimista e como essa partilha impacta a vida de todos nós, além de uma logomarca compartilhada por todas as paróquias da Diocese.

Na matriz São João Batista, o balcão já com a nova logo fica na entrada da igreja. Também foi preparada um marcador de página temático que será distribuída para os fiéis. Essa iniciativa faz parte do plano de ação para a celebração dos 50 anos de fundação da diocese.

Na matriz, o balcão com a logomarca fica logo na entrada. A Pastoral do Dízimo é coordenada por Lázaro Praxedes.

A decisão sobre a programação foi adotada em colegiado pelos coordenadores das pastorais do Dízimo com o bispo Dom Sergio. Na São João Batista, no final do ano passado, foi criada a Pastoral do Dízimo, que tem como coordenador Lázaro Praxedes. Inicialmente, houve reuniões para explicar as dimensões do dízimo para os integrantes de outras coordenações e pastorais. Depois foi feito um trabalho didático na igreja com testemunhos de quem viveu e vive a experiência da partilha. É transformador.

A Diocese também preparou um documento aprofundado sobre o tema. Segue abaixo a carta na íntegra:

MÊS DO DÍZIMO – FINALIDADE E OBJETIVOS

Juntos para celebrar, evangelizar e partilhar

Nossa Diocese decidiu celebrar o mês do Dízimo em Novembro. A Igreja propõe uma reflexão profunda sobre a participação da comunidade na missão evangelizadora por meio do dízimo. Esta iniciativa tem como finalidade a necessidade de reflexão e conscientização do Povo de Deus sobre esse tema.

É a oportunidade nas missas de finais de semanas, bem como nos demais encontros da comunidade, de relacionar a partilha do dízimo com a liturgia. É um tempo para louvar e agradecer a Deus pela vida e pelo compromisso com a comunidade de cada um de nossos dizimistas. É a oportunidade de quebrar um paradigma enraizado em nós católicos de que o dízimo é uma troca. Não é! É sim uma partilha, com uma dimensão fraterna e social do cristão.

A Igreja Católica convida os fiéis a meditarem sobre a participação da comunidade na missão evangelizadora da Igreja através do dízimo. Só é possível falar da Pastoral do Dízimo sob o ponto de vista teológico e pastoral, no âmbito da evangelização. Sem isso, o dízimo se torna apenas uma contribuição financeira. Precisamos imprimir no âmago da Pastoral do dízimo o seu sentido evangelizador, a sua razão bíblico-teológica e pastoral, ou seja, fazer Pastoral do Dízimo evangelizando ou evangelizar fazendo Pastoral do Dízimo.

Qual a justificativa do Mês do Dízimo?

Sabemos que as comunidades, as Paróquias e a Diocese enquanto instituição eclesial necessitam se autossustentar. Sem recursos, como a Igreja vai cumprir sua missão evangelizadora? Segundo os bispos da Igreja Católica no Brasil, de modo especial no Doc 106 – O DÍZIMO NA COMUNIDADE DE FÉ – a principal fonte de sustentação da Igreja deve vir da contribuição mensal voluntária de seus membros, ou seja, do dízimo. Porém, este sistema, ainda hoje, enfrenta muitas resistências e dificuldades. Pois ainda há católicos que nunca contribuíram com o dízimo e/ou deixaram de contribuir.

A retomada da reflexão sobre a importância do cultivo da vida comunitária – nosso sonho é formar comunidade eclesiais missionárias – nos ajudou a retomar também o tema do dízimo, pois é muito claro que o modo como uma comunidade sustenta a ação evangelizadora não é indiferente para seu discipulado missionário e para o seu crescimento na fé. Muito pelo contrário, os recursos de que uma comunidade dispõe e o modo como os administra têm a ver com a evangelização.

Estávamos acostumados a pagar por algum serviço religioso. Mas essa não é a inspiração bíblica e dos fundamentos do dízimo que o apontam como ele é um compromisso de fé, pois está relacionado com a experiência de Deus.

Quais os objetivos?

Despertar a consciência dos cristãos católicos para o sentido de pertencimento à Igreja; sensibilizar os fiéis católicos para o seu comprometimento com a sustentabilidade de sua Igreja, promovendo a caridade, priorizando a missão e zelando pelo culto divino.

Ser dizimista nos ajuda a crescer na comunhão. A partilha é uma das formas de nos unirmos em torno de objetivos comuns, razões da fé, missão de cristãos seguidores de Jesus. O dizimista é aquele que partilha para crescer na comunhão com os irmãos e juntos serem testemunhas de fé.

E temos bons motivos para contribuir com o Dízimo:

– É o reconhecimento de que tudo pertence a Deus: tudo o que somos e temos pertence a Ele.
– É bíblico: cumpre-se o preceito bíblico que manda viver em amor, sendo grato a Deus e generosos com os irmãos;
– É um ato de fé e amor: entrega não só de dinheiro, mas sim da própria vida, com nossas alegrias e tristezas, que nos aproxima de Deus e fonte de bênçãos.
– É partilha que vence o egoísmo: abre-se o coração da vida, sem a obrigação, mas com a alegria, mesmo quando se tem pouco.
– Não é esmola e sim um dever de justiça: quem contribui não faz um favor à Igreja, mas assume seu lugar na comunidade, como membro vivo e responsável.
– Ajudamos a cumprir a missão evangelizadora: o dizimista torna-se um evangelizador, pois o próprio ato de contribuir já é evangelizador.
– Pelo dízimo a comunidade celebra a vida e a fé: ele ajuda a manter a igreja, a casa de oração da comunidade.
– O funcionamento das demais pastorais: o dízimo fornece os recursos necessários e ajuda a construir uma Igreja viva.
– O sustento dos padres e funcionários: uma comunidade consciente preocupa-se com seus padres e demais agentes, e que os mesmos tenham uma remuneração digna.
– Dízimo ajuda formar uma comunidade: contribuir é solidarizar-se com os demais membros da comunidade e sentir-se corresponsável por tudo que diz respeito à Igreja.

O dízimo é obrigatório?

Apesar de termos várias citações bíblicas sobre o dízimo, a Igreja Católica não obriga os seus fiéis a serem dizimistas; portanto, o dízimo não é obrigatório. É
sinal de amor, de fé, de partilha e de comprometimento com a sua Comunidade.

Se o dízimo não é obrigatório, por que devo ser dizimista?

Porque todo cristão, vivendo como família do povo de Deus, sendo dizimista, demonstra sua corresponsabilidade pela vida e pela manutenção da Igreja.
Todas as pessoas que participam da vida da Igreja e tem uma fonte de renda são convidadas a serem dizimistas. Ninguém, nessa condição, está dispensado de manifestar sua gratidão a Deus para a promoção da fé. A obrigação do dízimo vem da generosidade do próprio coração. Se o fiel católico se sente parte integrante da Igreja, então não está dispensado de contribuir para que ela seja sempre viva, forte, atuante e tenha todos os meios necessários para que a Palavra de Deus chegue aos mais afastados. O dízimo e manifestação da consciência da partilha!

O trabalho voluntário pode ser considerado como dízimo?
Embora a Igreja necessite do trabalho voluntário em diversos serviços, grupos, pastorais e movimentos, o voluntarismo não substitui o dízimo.

Afinal, o que é dízimo?

O sentido do dízimo é riquíssimo, pois é um dos meios pelos quais cada cristão, vivendo como membro da família de Deus, demonstra sua corresponsabilidade pela vida e manutenção da Igreja. É um convite que Deus nos faz à partilha. Sim, dízimo é partilhar e partilhar não é dar o que sobra; partilhar é dar o que o
outro precisa. Quando partilho, estou vivendo a exata medida, a verdadeira fraternidade.
A decisão de contribuir com o dízimo nasce do coração marcado por uma profunda experiência de Deus e pela consciência da pertença a uma comunidade concreta, na qual se vivencia a fé cristã. Portanto, dízimo é uma questão de fé e, por isso, sua contribuição é estável, periódica, assumida como um compromisso permanente.
O dízimo é uma questão de fé e não uma forma de captação de recursos para as pastorais e a manutenção das estruturas eclesiais.
Portanto, que nesse Mês de Conscientização do Dízimo nos desperte três sentimentos importantes:
1º) o agradecimento a Deus pela vida;
2º) a corresponsabilidade uns pelos outros, sabendo que fazemos parte do Povo de Deus, a Igreja, pois não podemos deixar faltar ao próximo aquilo que temos; e
3º) a evangelização, o amor pela Igreja como discípulos missionários. Com o dízimo dos fieis a Igreja se fortalece e as possibilidades de fazer o bem e divulgar a Palavra de Deus aumentam. Por isso a sua participação é muito importante! Manifeste que você é uma pedra viva da Igreja e por ela se sente corresponsável.

Isto é partilha! Isto é dízimo!